domingo, 8 de maio de 2011

Manhã na cidade




Plenária de pássaros
perambulam por ares amanhecidos.
Prédios orvalhados espreguiçam-se
diante de olhos recém avivados.
E o dia nasce.

Murmúrios de mercados
são mascados por  hálitos  solitários.
Vozes na forma de sopro tentam
se recompor
diante da morte da noite.


Avança a manhã
por sobre a cidade.

Enquanto se escondem neons,
sons em semitons traquinam
por ouvidos despertos.

Brincadeiras de infância
deslizam na manhã
tirando rugas que a noite largou pelas ruas.














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