(poema cinzento)
Neblinas empoeiradas
perseguem o poente urbano
enquanto trens subterrâneos
vomitam pessoas por plataformas
plantadas em arrabaldes sem cor.
Sístoles e diástoles desvairadas
por entre turvas avenidas
conduzem espasmos do poente
que segue retalhado diante de íris sem brilho.
Vertigens tingem edifícios absolutistas
em telas amorfas , despedaçadas
enquanto brumas cinzas e entardecidas
seguem ao sopro da noite.
Só sonhos pensados não bastam nas
arenas da cegueira iluminada.
Um belo poema, que reflete nossos espasmos de penumbra cinza!
ResponderExcluircoletivojovem.wordpress.com
Obrigado Oswaldo
ResponderExcluirBelo poema, Roberto Guido. Acho que mais do que necessária, a poesia se faz imprescindível nos tempos atuais.Os poemas são sempre seus, ou há colaboradores também?
ResponderExcluirBeijo