sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lira paulistana e o espaço urbano

Na década de oitenta, o grupo Premeditando o breque, o Premê, junto com o grupo Rumos, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e o Isca de polícia, Língua de Trapo, Clemente, Passoca, Alzira Espíndola, Jorge Mautner, Ná Ozzetti, Tetê Espíndola, Virginia Rosa, entre outros, foram responsáveis por um movimento de vanguarda na música de Sampa que se convencionou denominar Lira paulistana. E até por ser, de fato, um movimento a frente do seu tempo, as obras produzidas naquele momento não perderam a atualidade e, pelo visto, vão continuar sendo referência para a produção cultural que virá por um bom par de anos.
O Brasil daquela época voltava vagarosamente a trilhar os caminhos da democracia, bombardeada pelos setores apeados do poder, que insistiam em lá permanecer, e pela crise econômica herdada dos militares. Embora esse fosse o contexto, é lícito dizer que do ponto de vista cultural, o impulso para avançarmos na democratização foi bastante vigoroso por parte do Lira,  sem querer subestimar, é claro, o papel das fortes mobilizações sociais no período.
Escolhi uma música do Premê para (re)apresentar para vocês, entitulada São Paulo, por conta de que, penso eu, ela sinteitiza bem o que escrevi acima. Sua atualidade na interpretação do espaço urbano é notável. Mayara Gonçalves acerta não mão ao dirigir este vídeo e nos presenteia com essa pérola de humor  e realismo . Aproveitem

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