Quizumba : animal que revolve tudo em busca de alimentos, confusão. É disso que se trata este espaço. Revolver em busca da reflexão que, como o alimento, é imprescindível para a vida. Embaralhar e, em meio a confusão, colher o pensamento ou, como diria Chico Buarque, ir às "ruas e beber a tempestade".
terça-feira, 1 de março de 2011
Da força das águas que destrõi coisas belas....e da grana...
As notícias sobre a cidade de São Paulo, neste início de março, parecem o samba de uma nota só. Chuvas, enchentes, alagamentos, afogamentos, inundações e por aí vai. Nem a poesia de "são as águas de março fechando o verão", ameniza a tempestade de má notícias que sobre nós se abate.A generalizada impermeabilização da urbe, a ausência do verde sobre a metrópole, a ocupação dos córregos por moradias no lugar de vegetação ciliar, são fatores que, somados,à intensidade pluviométrica, condenam São Paulo à submersão, sem a delicadeza e beleza de uma Veneza.
Se, não bastasse esse histórico, essa conjunção de elementos, o poder público insiste em erros ambientais que só podem ser justificados pelos interesses pouco transparentes de setores imobiliários e da construção civil. A ampliação das marginais é um exemplo claro disso. Sobre pretexto de escoar um trânsito que já está em colapso, provoca-se a redução da calha do Tietê.O resultado pode ser visto há poucas horas atrás, na inundação de vários pontos da zona leste paulistana...e não há relatório de impacto ambiental que consiga isso justificar embora eles existam para explicar tais obras.
Em texto postado há alguns dias, indiquei a necessidade urgente de que a reforma urbana entre na agenda das grandes questões políticas em nosso país. Os fatos dos últimos dias em Sampa só vêem reforçar essa tese.
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