por Roberto Guido, terça, 15 de fevereiro de 2011 às 15:02.
O modelo de política urbana brasileiro assentado no transporte individual e na especulação imobiliária resultou na fragmentação do espaço urbano e no colapso da mobilidade nas grandes cidades do nosso páis. E, pelo visto, nada indica que haverá mudanças nesse padrão. O setor imobiliário continua a se apropriar da renda da terra e elegendo o poder político na maioria das câmaras municipais e os investimentos em grandes obras viárias continuam intensos em detrimento do transporte coletivo. Sobre o espaço ubano fragmentado é recomendável a leitura de Milton Santos para compreensão dos mecanismos que atuam na configuração do território urbano. O "caos" urbano possui uma ordem. É fundamental que a reforma urbana entre na agenda política nacional o mais urgente possível. Com o advento do Ministério das cidades as possibilidades para que isso ocorra aumentaram. No entanto, sabemos, nada que importe à maioria da população ocorre sem mobilização social.
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